Os Reis Magos coloridos

Esta é uma história com muita intencionalidade. Impropriamente chamados reis magos na tradição latina, os três sábios (ou seriam mais?) que vieram do Oriente (para os judeus, tudo o que estava para lá do rio Jordão) eram conhecedores da astrologia, na qual já muita gente acreditava, naquela época. Por isso, o autor do “Evangelho” de São Mateus coloca os astrólogos a prostrar-se perante o novo “astro”. Mais ainda: o episódio põe em contraste a atitude de Herodes, que quer apanhar Jesus, com a dos magos, pagãos que vêm de longe para adorar o Messias. Uma forma de Mateus acentuar que Jesus vem para salvar todos os povos.

No que diz respeito a estes personagens da história, há vários mitos.

A Bíblia refere, no segundo capítulo de Mateus, a visita de “magos” ao Menino. O termo é utilizado no sentido de homens sábios, nada indica que fossem reis, mas não se sabe exatamente qual era a sua ocupação. Podiam ser cientistas, sacerdotes ou conselheiros. Também nunca é referido quantos eram mas, tendo em conta que a palavra é utilizada no plural, depreende-se que seriam mais do que um.

A tradição assumiu que seriam três por causa dos presentes valiosos que levaram ao Menino – ouro, incenso e mirra. Todos eles simbólicos. O ouro é o metal precioso por excelência e simboliza a realeza. O incenso, um perfume queimado e usado durante as celebrações e rituais religiosos, é o símbolo da divindade. A mirra vem de uma planta medicinal que, misturada com óleo, era usada para fins medicinais e também para embalsamar os corpos. Simbolizava a imortalidade.

Outro facto que se desconhece é o país de origem destes homens. Sabe-se apenas que vinham do Oriente para Jerusalém. E os nomes que nos habituámos a dar-lhes – Gaspar, Baltazar e Belchior – não estão na Bíblia. Foram estabelecidos por volta do final do século VIII, pela Igreja Católica Romana, que também decidiu dar um significado mais abrangente a estas três figuras. Belchior seria o representante da raça branca (europeia), Gaspar representaria a raça amarela (asiática) e, por fim, Baltazar representaria a raça negra (africana). Mas nada nas Escrituras refere estas características.


Estes sábios não visitaram Jesus logo depois de ele nascer e ser deitado na manjedoura. Antes desse encontro, o bebé viajou até Jerusalém, para ser apresentado no Templo, e de lá voltou a Belém. Os magos terão chegado algum tempo depois. De acordo com as Escrituras, já não encontraram um recém-nascido. “E, entrando na casa, acharam o Menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram”, pode ler-se em Mateus 2:11. É possível que, nesta altura, Jesus já andasse.

As 48 Leis do Poder

As 48 Leis do Poder

As “48 Leis do Poder” são um conjunto de princípios apresentados no livro “As 48 Leis do Poder”, escrito por Robert Greene. 

Vamos trabalhar juntos? 

Baixa o ebook para perceberes o que podes ganhar!

Ganha um BÓNUS por cada concerto!

Posso ajudar?