Para os judeus, como explica Jacques Duquesne, o trabalho manual era sagrado. Artesãos, lenhadores, padeiros eram profissões consideradas, numa sociedade marcada pela sobrevivência agrícola. De tal modo que o “Talmude”, o comentário à lei judaica, conta que em alguns processos mais delicados se perguntava pela presença de um carpinteiro que soubesse responder a determinadas perguntas, mais delicadas, sobre regras e medidas. Por isso, José não era um miserável, mas seria um dos notáveis da aldeia.
José era pobre?
As Escrituras dizem-nos que José era um carpinteiro que vivia na cidade de Nazaré. Há dois mil anos, estes profissionais eram pessoas prestigiadas e com um nível económico e social acima da média. Era um trabalho qualificado. Ter um ofício era, na sociedade da época, um privilégio somente dado a alguns que, na maior parte das vezes, passava de pai para filho.
Jesus aprendeu a profissão com o seu pai adotivo. A situação económica da família seria, por isso, confortável.
Aos dias de hoje, seria uma família da classe média