A definição de liderança representa a capacidade de estimular pessoas a alcançar um objetivo. O líder utiliza a palavra e o exemplo para transmitir ideias que favorecem o trabalho em equipa e o desenvolvimento individual de cada liderado.
Raphael Pires, Rockcontent
Existem muitas definições de liderança e todas elas, com maior ou menor distinção acaba por se referir ao mesmo. A importância do êxito em grupo através da força que cada um coloca no todo, através do exemplo do líder, dá muito que falar!
Não sei se pela minha disciplina e formatação profissional, existem atitudes de “chefes” que em nada abonam a palavra de líder como muitas vezes a denominam. A palavra “chefe” aqui introduzida não foi por engano ou erro.
O termo “chefe” foi utilizado para designar um profissional que possui certa autoridade dentro de uma hierarquia.
Muitas são as vezes em que o chefe é coincidentemente o líder, mas também muitas são as vezes em que o contrário também se aplica.
É claro que a Liderança, como muitas vezes a pintam, não é fruto intrínseco de um indivíduo, mas sim o resultado de uma aprendizagem para se chegar ao ponto desejado.
Claro que a história nos remete para situações diferentes das descritas. Tantos líderes sem qualquer tipo de formação e tantos chefes se tornaram líderes fruto do seu desenvolvimento pessoal e da sua criatividade e da sua forte personalidade. No entanto, os casos excecionais de sucesso contam-se pelos dedos das mãos e os do insucesso marcam gerações e deixam ou deixaram marcas nas pessoas.
O sorriso não implica o gostar de alguém, o bater nas costas não implica agradecer a quem quer que seja, as palavras bonitas em publico não implicam reconhecimento, enfim… Estamos longe de atingir patamares de excelência nas relações humanas e quer se queira ou não a palavra “PODER” corrompe as outras duas atrás mencionadas. Na definição pura e dura de “PODER” podemos constatar de que, na minha opinião esta destrói e corrompe o verdadeiro “CHEFE” e/ou “LÍDER”.
Poder é a capacidade ou facilidade de fazer algo, bem como à posse do mando e da imposição da vontade.
Este artigo serve apenas para alertar, como diz um amigo meu, a existência de “falsos profetas” que seguem crenças de liberdade e de expressão não condizentes com o ano e século em que se vive.
Os exemplos deixam muito a desejar, as atitudes desconcertantes, as mãos sempre viradas para o mesmo lado e as palavras já sem graça e com o sorriso aberto mas de plástico.
São algumas as pessoas que vivem e sabem viver à sua boa maneira e sempre com o slogan o “mundo roda sobre mim”.
Se estou a escrever sobre este assunto é porque algo me toca. Não teria com tantas palavras se não tivesse chegado à conclusão de que o “PODER” faz destas coisas. Deixamos de contar com aquelas pessoas para os passarmos não a odiar mas sim sentir pena do seu fim. Chegado esse momento, todos se lembram que os amigos de outrora já não estão e aqueles que pura e simplesmente esqueceram nem sempre têm a paciência para voltar atrás e retomar o caminho em conjunto. Não esperem que fique feliz pela infelicidade dos outros, nem queiram que diga que já senti esse abuso de poder por parte de amigos. Claro que sim! Quem não se sente não é filho de boa gente! Mas para ser sincero, o que mais me dói e custa é ver a reação das pessoas confrontadas com esta dura realidade. É estranho e ao mesmo tempo até complicado de dizer o que quer que seja! Eu assisti a esta tristeza em “direto” e a sensação não foi nada agradável. Vi o chão a desabar e todos os sonhos a fugirem, tudo igual ao que já me tinha acontecido.
Não posso, nem devo dizer mais nada. Não é da minha competência fazê-lo, embora esperem de mim uma reação mais severa e direta, desta vez não o vou fazer! Todos temos que ter voz, sabendo escutar e liberdade para nos ouvirem.
Promovam os Chefes, ensinem os Líderes mas nunca lhes dês o PODER em tempo exagerado de forma a que este não corrompa as verdadeiras organizações de pessoas!